Capítulo III
Alguns dias depois, Priscila desceu as escadas que davam para a sala de estar vestida com um belo traje de noite e trazendo nos ombros seu casaco de vison negro.
Nick estava recostado numa poltrona próxima da lareira e alisava a cabeça de Finnegan, enquanto ouvia a Sinfonia Fantástica de Berlioz. Parecia tão tranqüilo que Prih chegou a se irritar.
— Como você consegue ouvir uma bobagem dessas?
— Ah, chegou à moça culta e refinada... — zombou ele. — Qualquer dia, quando tiver um tempinho, vou ensinar você a apreciar Berlioz. A música dele não é nenhuma bobagem, como você pensa; ele é um compositor romântico.
— Sinto muito, mas para mim não há muita diferença entre uma coisa e outra...
Virando-se para encará-la, Nick enfim reparou em sua roupa.
— Você não está enganada? Não haverá nenhuma festa no hospital esta noite!
— Acontece querido, que não vou ao hospital!
Nick pareceu não ouvi-la, mas seus olhos não se afastavam de sua figura esbelta, do vestido insinuante, de suas pernas esguias, e de seus pés calçados com sandálias de saltos altos.
— Então, aonde vai? Não vai dizer que se vestiu assim para ficar em casa comigo e com Finnegan...
Prih teve vontade lhe dizer que aquilo não era da conta dele, mas resolveu não provocar discussões.
— Vou assistir a uma peça que estão apresentando no anfiteatro da Universidade.
Olhando-a novamente de cima a baixo, ele ironizou:
— Não sozinha, imagino. . .
— Não, Steve está esperando por mim.
— Você não demorou nada para retomar sua ativa vida social, não? Chegou em casa há apenas quatro dias, e seu pai somente deixou a UTI esta manhã. . .
— E foi ele mesmo que sugeriu que eu fosse. Está satisfeito? — respondeu ela, sentindo-se como se estivesse lhe mostrando a língua, da mesma forma que faziam quando eram crianças.
— E então Steve apareceu naquele momento e a convidou, não é?
— Não, ele havia convidado há vários dias, mas eu não quis aceitar antes de saber que papai estava fora de perigo.
— Ah, sei. E Steve sabe que você é comprometida?
Prih voltou-se para encará-lo e enxergou-o como uma cobra pronta para dar o bote. Ela não conseguia entender como ele soubera de Brian. Tinha certeza de ter tomado todo cuidado para não mencioná-lo.
— Acho que eu ser ou não comprometida é assunto que só interessa a mim, não?
— E a esse homem de sorte, não? Como se chama? Prih, propositalmente, ignorou a pergunta.
— Não estou saindo para namorar. Vamos juntos com outras pessoas.
— O "homem de sorte" certamente teria uma opinião diferente!
— Talvez, mas não acredito. E você, por sua vez, não tem o direito de ficar dando palpites. E mais: pare de chamá-lo de "homem de sorte".
— Claro, mas só quando me disser seu nome. . .
— Invente um. . .
— Que tal Harvey? — E, sem esperar resposta, continuou: — Você tem certeza de que ele aceitaria esse seu encontro com Steve?
— Eu já lhe disse que não é um encontro. E eu não sou comprometida. Não estou cometendo nenhum crime por sair num sábado à noite. — A voz de Priscila estava ficando cada vez mais alta, embora ela tivesse se prometido não perder a calma.
— Você parece muito preocupada com seu encontro com Steve! Tem mesmo certeza de que Harvey não se importaria?
— É claro que não! Brian é muito compreensivo.
— Brian. Então é assim que se chama. Soa como o nome de um cavalheiro! Mas, certamente, ele não procurou uma lady para noiva.. .
Ela pegou um cinzeiro da mesa, e Nick fez uma expressão de desagrado.
— Sugiro que você não fume aqui, Morena. Posso ficar bravo, e você sabe o que acontece quando me provoca...
Prih, irritada, recolocou o cinzeiro no lugar, e Nick desviou a conversa.
— É lógico que naquela primeira vez eu estava errado ao pensar que você era tão inocente quanto parecia — falou ele, pensativo. — Você agora poderia me convencer do contrário? — E, de um salto, levantou-se como se pretendesse agarrá-la.
Imediatamente, Priscila deslocou-se para trás da coluna da sala, e só então se arriscou a olhá-lo. A ansiedade visível nos olhos de Nick deu-lhe, por um momento, a impressão de que ele realmente desejava que ela pudesse provar-lhe nunca ter sido possuída por nenhum homem.
"Ele que fique na dúvida", Prih pensou. Mas, ao mesmo tempo, aqueles olhos Azulados lhe provocavam uma sensação estranha na pele. Como era possível ele dominá-la apenas com o olhar?
— Você já decidiu por quanto tempo ficará aqui? Ou melhor, você já sabe quanto tempo Brian agüenta ficar sem a querida noiva?
— Não sei, ainda.
— E você, quanto tempo consegue ficar longe dele? Não se telefonaram, ainda?
Antes que Prih respondesse, a campainha tocou. Ela foi atender, e era Steve, que, reclamando, tirava alguns flocos de neve do casaco.
— Nunca vi um inverno como este. Tem nevado todos os dias e não há sinal de melhorar. Quando chegar a primavera terão que mandar arqueólogos nos procurar.
— É só até seu sangue se acostumar com o inverno de Iowa — Nick tentava consolá-lo. — Para nós, nascidos aqui, é até gostoso.
— Se este inverno continuar desse jeito vou começar a pensar seriamente na volta para o Arizona. Lá a temperatura é sempre agradável.
— Talvez você goste das coisas que não mudam... Eu gosto de variedades — contrapôs Nick com uma ponta de malícia no olhar e no sorriso que dirigiu a Priscila. Depois, voltando-se para Steve, perguntou: — E onde você está levando Priscila, posso saber?
— Ao teatro da Universidade. Estão apresentando uma peça clássica muito boa.
— Que pena! Acho que vai ser uma tortura para Prih.
Imediatamente Prih o interrompeu:
— E quem lhe dá o direito de decidir o que é ou não bom para mim?
— Bem, para você que não gosta de compositores clássicos, querida...
— Você está enganado. Eu gosto de muitos deles. Mas não de Berlioz.
Nick não se alterou e se dirigiu a Steve:
— E a que horas você trará Prih de volta?
— Oh, pelo amor de Deus, Nick! Pare de agir como se... — Prih interrompeu-se, arrependida do que ia dizer.
Mas Nick terminou a frase por ela:
— Como se fosse seu irmão mais velho? Você acataria minha autoridade se realmente o fosse, Morena?
— Não se preocupe Nick. Estamos indo com AJ e Alison — interveio Steve.
— Se é assim, acho que Brian ficará mais sossegado. . .
Prih fuzilou-o com o olhar e saiu. Ao fecharem a porta, Steve perguntou quem era Brian, mas ela mudou de assunto.
— Quem Nick pensa que é para querer cuidar de mim?
Conciliador, Steve tentou argumentar.
— Mas isso é natural, Prih. Com seu pai no hospital, ele se sente responsável por você.
— Fiquei cinco anos longe de casa e sobrevivi sem Nick ou papai para me vigiar.
AJ e Alison estavam esperando no carro, e o assunto foi interrompido.
A peça realmente era clássica e abstrata. Prih não conseguia prestar atenção. Steve, ao contrário, parecia estar gostando muito. Estava sentado com o braço em torno dos ombros de Priscila, mas todo o seu interesse se concentrava no palco.
No intervalo, Prih e Alison tiveram oportunidade de conversar a sós. Prih estava mal-humorada e Alison quis saber se o motivo era Steve.
— Eu realmente fiquei irritada por ver Steve se preocupando em explicar a Nick aonde iríamos e com quem. . .
— Steve é um rapaz muito cortês — Alison o defendeu. — Mas o que a está incomodando, de fato, é a brincadeira de irmão mais velho que Nick está fazendo com você. — E continuou: — Seja compreensiva com Nick, Prih. Na verdade, todos nós temos certa pena dele. Após a doença de seu pai, ele foi obrigado a abandonar a profissão que adorava para se dedicar à Twin Rivers Bakeries. E isso não é, de jeito nenhum, uma coisa que ele faz por gosto.
— Pelo que vejo ele conseguiu enganar você também, Alison. O controle total da empresa de meu pai sempre foi o maior objetivo de Nick. Ele passou dez anos tentando isso. No momento em que Margaret e papai estavam se casando, Nick fazia os seus planos.
— Seja sensata, Prih, não é nada disso. É evidente que Nick não conseguiu nenhuma vantagem pessoal assumindo a empresa de seu pai. Só problemas.
— Ah, sim, e todo o dinheiro dos Stanford também. Bem, vamos, a peça vai começar de novo.
A segunda parte foi tão torturante para Priscila quanto à primeira. Para se distrair, ela começou a olhar em volta para ver se reconhecia alguns de seus velhos amigos. De repente, do seu lado esquerdo, reparou em Nick, sentado ao lado de uma loira. De imediato, achou-a antipática e melosa.
Ele devia estar dizendo alguma coisa engraçada, pois a moça ria abertamente, e na peça não havia nada que desse motivo a tanto riso.
"Provavelmente besteiras", Prih pensou.
— Quem é a loira que está com Nick? — perguntou a Alison.
— Suzanne Sumpter. Lembra-se de que ela estudou conosco? — respondeu Alison, sem ao menos voltar-se para a direção deles.
— Mas você nem olhou. Como pode saber?
— Nem preciso. Eu os vi quando entramos depois do intervalo. E, além disso, ela é a única loira com quem ele tem saído ultimamente.
— Mas ela tinha os cabelos castanhos quando estudávamos!
— Ela mudou muitas coisas, Prih. Hoje é até secretária de Nick.
— E ele? Por acaso a está levando a sério?
— Como posso saber? Acho que não. Nick tem bom senso.
Dando por terminada a conversa, Alison voltou-se para a peça.
Prih tentou fazer a mesma coisa, mas teve que admitir que Nick tinha razão: aquele programa era mesmo uma tortura para ela.
Já na casa de Alison, onde pararam para um chá acompanhado de bolo de chocolate, Prih voltou a perguntar sobre Nick:
— Nick não está mesmo interessado em Suzanne?
— Não sei. Mas eles têm passado muito tempo juntos. Acho que ela gostaria que fosse um relacionamento sério. Nick é que resiste. Mas por que você quer saber sobre eles?
Prih ficou desconcertada com a pergunta, e, sem saber o que responder, mentiu:
— Apenas acho que ficam muito bem juntos.
Nisso, AJ entrou, pegando o final da conversa.
— O que vocês estavam falando sobre Nick e Suzanne?
— Prih acha que eles foram feitos um para o outro — explicou Alison. — E eu não posso deixar de discordar dela. Suzanne, apesar de secretária, não sabe diferenciar o há com "h" do a sem "h". . .
Prih não quis mais continuar aquela conversa. Voltou-se para AJ.
— Você gosta de trabalhar com Steve, AJ?
— Ele é uma boa pessoa para se trabalhar. Sabe delegar responsabilidades e cobrá-las na hora certa. Atualmente ele tem quase tanta autoridade na empresa quanto Nick. Isto porque Nick passa grande parte do tempo no laboratório de química da Universidade.
— É mesmo? Por que ele faz isso?
— Ele tem desenvolvido muitas fórmulas de produtos que são aplicadas na empresa, e elas têm tido enorme sucesso.
— Você não vai me dizer que a companhia tem tido sucesso por causa das invenções de Nick, vai? — perguntou Prih, contrariada.
— Prih, você está obcecada pela vontade de provar que ele não consegue fazer nada certo. Você não vai conseguir. Nick é muito competente — interrompeu Alison.
Pouco antes de meia-noite, Steve levou Prih para casa. Estacionou em frente ao portão e agradeceu-lhe pela companhia.
— É uma pena você não ficar até o Natal! — disse Steve, meio tristonho.
— Quem lhe disse isso?
— Nick!
— Acho que ele se enganou. Ainda não tenho planos. Pode ser que eu fique até a primavera.
"Principalmente porque Nick quer me ver pelas costas", pensou.
— Talvez eu tenha entendido mal. Fico contente de saber que você está pensando em permanecer aqui por mais tempo, Prih. Gostaria de vê-la outras vezes.
— Eu também gostei de você, Steve. De maneira alguma iria embora sem lhe falar.
Feliz, ele a puxou deu-lhe um beijo rápido e despediu-se. A casa estava silenciosa.
"Certamente Margaret está dormindo e Nick não chegou ainda", Prih pensou, e subiu para seu quarto.
Ao fechar a porta, a voz de Nick a fez sobressaltar-se.
— Está feliz pela nova conquista?
Ele estava deitado, ainda vestido com a roupa com que tinha ido ao teatro, na cama de Prih.
— O que você está fazendo em meu quarto? Que atrevimento é esse'?
— Não está vendo? Estou descansando em sua cama. Queria saber das novidades!
— Não sei que novidades poderiam lhe interessar. E saia já do meu quarto! Estou cansada e quero dormir. Vou tomar um banho e quando voltar não quero mais encontrá-lo aqui.
Prih saiu e durante quase uma hora deixou que a água morna a acariciasse. Precisava relaxar. Nick já lhe tinha ocupado os pensamentos durante toda a noite. Incomodava-a saber, de Suzanne na vida dele. Pensava que ele tivesse melhor gosto. Aquela moça não tinha nada de especial.
Ao voltar ao quarto, ficou furiosa. Nick, ao invés de ir-se, havia trocado de roupa, posto um pijama e continuava em sua cama.
— Eu não disse que quero dormir? Saia daqui Nick!
— O que a impede? A cama é grande e pode muito bem agüentar nós dois. Podemos ficar à vontade enquanto conversamos.
— Como pode ser tão atrevido?
— Não foi assim que você me chamou há cinco anos quando estivemos os dois aqui, nesta cama. . .
Prih ficou calada; não pretendia espichar aquele assunto.
— Mas agora estou aqui só para dar um recado. Brian telefonou logo que você saiu. E, pelo jeito, não ficou muito contente quando lhe contei que você tinha saído para um encontro.
— E é claro que você, com toda a gentileza, fez questão de dar todos os detalhes. . . — disse Prih, enraivecida.
— Eu não podia mentir ao seu pobre namorado, moreninha. Afinal, ele vai ser meu cunhado...
— Não vai, não!
— Ora, vejam! Steve trabalha rápido. Um encontro e você já desiste do namorado anterior...
— Eu não desisti de Brian! Mas você não é meu irmão, e não vai ser cunhado dele; mesmo que nos casemos.
— Mesmo que... ? Não sabia que estava em dúvida, moreninha. Fico triste por isso. Quem sabe Brian poderia vir a ser meu melhor amigo. . .
— Tenho minhas dúvidas...
— Realmente você não poderia saber. . . Mas, agora, o que interessa? Steve já ganhou você, pelo jeito com que a abraçou durante toda a noite! E o beijo de despedida, então? — Nick encostou-se como se pretendesse permanecer na cama por muito tempo. — Maninha, bem que você podia ter sido um pouco mais generosa com Steve na despedida, não acha? Um par de beijos, de verdade, não iria matá-la, não? Ou você pensou no que Brian faria se soubesse?
— Você estava nos espiando?
— Eu não diria exatamente isso. Eu só estava observando do ponto de vista científico. Já que Steve é meu braço direito na empresa, queria ver a capacidade de persuasão dele...
— Se está tentando me tirar do sério, pode parar por aí, Nick — gritou Prih, quase histérica. — E pode sair do meu quarto!
— Só vim até aqui porque pensei que talvez você quisesse fazer alguma confidência. Normalmente, após um acontecimento importante, as garotas precisam do pai para orientá-las! — Ele sentou-se como se estivesse disposto a ouvi-la durante a noite toda.
— Se eu estivesse precisando de um pai, certamente não procuraria você.
Prih voltou-se para a janela, pretendendo mostrar indiferença à presença de Nick.
— Você já decidiu quando vai embora?
— Não, mas ouvi dizer que você já decidiu por mim. Você disse a Steve que vou embora na próxima semana, não é?
— Eu? Deve ter sido algum pensamento em voz alta que tive!
— Por que você está tão ansioso para que eu vá embora, Nick?
— Não é isso, moreninha. É que, enquanto Richard estiver no hospital, eu terei que tomar conta de você, e nada me aborrece mais do que bancar a ama-seca. Hoje, quando vi sua despedida de Steve, não estava espiando, mas cuidando de você. Não quero que nada lhe aconteça enquanto estiver sob meus cuidados.
Priscila perdeu a paciência.
— Nick, quando você vai deixar de bancar um detestável irmão mais velho? Entenda bem: você não é meu irmão!
— Ufa! Até que enfim! Pensei que você nunca ia dizer isso! — Ele saltou da cama, cruzou o quarto rapidamente, e, antes que ela pudesse se proteger abraçou-a forte, prendendo-lhe as mãos nas costas.
Sem poder se mover, ela o olhou fixamente e ele lhe pareceu ainda maior e mais forte.
— Tudo bem, você já provou que é mais forte, agora chega.
— Não, eu não acho — respondeu ele, dando-lhe um pequeno aperto. Não tinha mais aquela voz de deboche. Agora era uma voz quente e baixa. Algo mudara. — Eu sei que você já entendeu moreninha. Nunca consegui ser apenas seu irmão e por isso era difícil me manter longe de você. Eu tinha decidido esperar que você tomasse a iniciativa, mas não dá mais, Prih. Quero você. Com Brian ou sem Brian.
Ela o olhou assustada. Seus enormes olhos castanhos destacavam-se no rosto pálido. Só conseguiu emitir um não abafado.
Nick ignorou seu protesto. Seus lábios cobriram os dela. Primeiro delicadamente, como se estivesse desfrutando de cada segundo daquele gesto, depois com uma sofreguidão louca. O cinto do penhoar de Prih, com a força do abraço, soltou-se, revelando a pele branca dos seios. As mãos dele tocaram seu corpo, fortes, possessivas.
Ela se sentiu desfalecer. Uma chama de desejo a incendiava. Apertou-se mais contra ele, aceitando e pedindo beijos repetidos. Suas mãos, por baixo da camisa, acariciavam-lhe a pele, apertavam-lhe os músculos.
Subitamente, ele a empurrou e ela, revoltada e decepcionada, ameaçou:
— Brian vai matá-lo por isso!
— Você tem certeza de que ele não vai matá-la também? Pareceu-me que você também estava gostando, ou estou enganado? — Depois zombou: — Não me leve a sério, querida. Eu só queria brincar. Como você, também gosto de brincar. Só que eu decido onde, quando, e com quem!
Prih ficou paralisada, sem saber o que fazer ou responder. Ao chegar à porta, Nick virou-se:
— Já decidi o que quero de você, moreninha. Agora é sua vez de se decidir quanto ao que quer de mim. . . — Olhou-a fixamente, passou os dedos entre os cabelos claros e saiu.
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