terça-feira, 9 de março de 2010

FIC...Kiss Yesterday Goodbye.. Ultimo cap

Último capítulo...


Anoitecia. O sol pálido de inverno morria no horizonte. Apesar! De só há pouco terem regressado da cabana, Prih não conseguia ficar em casa. Resolveu ir até o parque municipal. Precisava de sossego para o coração palpitante e um pouco de luz para as idéias confusas.
Não foi fácil chegar até lá. Além do frio penetrante, os pequenos blocos de gelo a faziam escorregar, A superfície do lago ainda estava congelada, mas os poucos patos que não tinham partido com o bando insistiam em querer nadar. Tanto bateram as asas que o gelo se rompeu e eles, grasnando com alvoroço, davam mergulhos seguidos na água.
Prih abriu a bolsa e tirou um pacote de farelos de pão. Enquan­to os jogava, um a um, pensava na proposta de Nick. Ele a queria só por causa da companhia. Propusera o casamento, mas apenas para se apoderar de tudo, não se contentava com os cinqüenta por cento. E o pior é que nem se dera ao trabalho de mentir ou disfarçar. Durante a viagem de volta. Nick veio tão quieto que ela até pensou que ele tivesse se arrependido da proposta. A estrada de fato estava perigosa, com o gelo derretendo, mas, mesmo quando chegaram ao trecho que já havia sido limpo, ele continuou calado e distante. Entre as árvores era muito diferente, muito calmo, como se a paz da natureza o contagiasse por inteiro.
De repente, Prih teve os pensamentos interrompidos por duas enormes patas que de supetão lhe vieram de encontro ao peito, outra vez quase a derrubando dentro do lago. Era Finnegan, que a festejava abanando o rabo e querendo lhe lamber o rosto.
— Finnegan! — chamou Nick. O cachorro correu para junto dele.
— Oi, Nick! — Prih o cumprimentou e sem olhar continuou a alimentar os patos.
— Pensei que você já tivesse ido para a festa de Alison. Mas Muriel me disse que você estava aqui.
Prih olhou para o relógio.
— Mas é tão tarde assim?
— Sim. E o mecânico já foi buscar seu carro.
— E está tudo bem?
— Parece que sim. Mas ele vai levar alguns dias para fazer uma verificação geral. É melhor você só dirigi-lo depois de ter certeza de que está tudo em ordem.
O tom de voz dele a fez sentir-se protegida. Parece que ele tinha o poder de evitar que algo de ruim a surpreendesse. Uma sensação de confiança a invadiu, e Prih se sentiu feliz. Mas isso não era suficiente para construir um lar. Pegou um punhado de farelos de pão e os deu a Nick.
— Os patos estão famintos. Ajude-me a alimentá-los. Seja útil para alguma coisa — brincou.
Ele pegou obediente, e começou a jogá-los na água. Depois de algum tempo voltou-se para ela.
— Você já teve o dia todo para pensar, Prih. Qual é a sua resposta?
Ela ficou em silêncio. Aquela era uma decisão importante e sua resposta precisava ser definitivamente a melhor para eles. Pensou em provocá-lo, mas sabia que ele estava falando sério e não permi­tiria qualquer brincadeira. Não era assim que ganharia tempo. Então perguntou curiosa:
— Você está levando em consideração que há apenas três dias eu estava noiva de Brian?
— Claro que não! Sempre soube que Brian era apenas um brin­quedo em suas mãos! — respondeu ele, pegando mais farelo de pão.
— E você não acha que posso me arrepender?
— Talvez você se arrependa. Mas só me preocuparia com isso se estivéssemos nos declarando amor eterno um ao outro. Mas você sabe que estamos fazendo tudo de maneira bem consciente.
— Você não preferia estar fazendo um pedido de casamento por amor? — perguntou ela, sem coragem de encará-lo.
— Não, Não vejo em que seria melhor que o nosso arranjo.
— E Suzanne? Ela pensa que você vai se casar com ela.
— Suzanne é uma ingênua. Pode deixar que darei a ela as explicações necessárias.
Prih desejou não estar por perto para presenciar a cena que Suzanne faria quando Nick lhe falasse da mudança de planos.
— Se eu concordar, Nick, não quero que papai ou Margaret saibam dos verdadeiros motivos...
— Mas casamentos de negócios acontecem nas melhores famílias, Prih!
— Mesmo assim. Não quero que ninguém saiba.
— Já que você quer assim, não diremos nada a ninguém. Mais alguma coisa?
— Sim. Desde criança sonho com o meu casamento. E quero que ele seja exatamente como imaginei: numa grande igreja, enfei­tada com flores brancas, botões de laranjeira no vestido e nas mãos. Além de tudo isso, papai me conduzindo até o altar e Margaret chorando enquanto cantam a Ave-Maria. . .
— Tudo bem. Você terá tudo isso.
E Prih, fazendo uma expressão charmosa de quem ia pedir algo muito difícil, armou-se de coragem.
— Você me promete que vai usar gravata, Nick?
Ele ergueu a mão e, jurando solenemente, prometeu:
— Sim, prometo que vou usar gravata no dia do meu casamento!
Prih riu da brincadeira.
— E que tal selarmos o contrato com um beijo? — o sugeriu.
— Um aperto de mãos não seria mais apropriado? Além do mais eu não disse ainda que fosse aceitar esse casamento. . .
— Sim, você vai. Todo o resto são detalhes insignificantes.
E ele a abraçou com força.
Nick já estava entre os convidados quando Prih chegou com Steve. Embora ela achasse estranho chegar à primeira festa após o noivado com outro que não o noivo, foi o que combinaram. Só iriam anunciar a decisão de se casarem depois da chegada ao Ano-novo.
Logo ao chegar, Prih viu que Nick e Suzanne estavam juntos. Parecia que ele estava resolvido a aproveitar o máximo possível a sua última noite de liberdade. Lembrou-se daquela infeliz manhã de Natal, ela noiva de Brian, e Nick dizendo ao Dr. Grantham considerar-se um homem de sorte exatamente por não ser ele o noivo.
Aquela lembrança apertou-lhe a garganta e ela tentou se distrair para não chorar, movimentando-se entre os convidados. Conversou e dançou muitas vezes com Steve, mas sua atenção estava toda voltada para Nick. E, toda vez que ele ria ou falava com Suzanne, ela se sentia mais humilhada, mais insignificante.
"Você está com ciúme, Prih", pensou. "E é melhor deixar disso. Nick é Nick e nunca vai mudar. Pegue o que ele oferece e dê-se por feliz."
Não suportando mais a festa, refugiou-se no quarto de Molly, que dormia placidamente sob o cortinado do berço. Ficou alguns minutos contemplando o bebê, ouvindo sua respiração leve. E cobriu-lhe a mãozinha que estava por cima das cobertas. Que vontade de ter seu próprio bebê! Seria um garoto de cabelos negros e olhos azuis. E. Quando crescesse, ficaria tão alto quanto Nick...
Lembrou-se de que, há apenas uma semana, queria um bebê de Brian. Mas bem sabia que talvez esse bebê nunca viesse. Nick dis­sera que Brian era um brinquedo em suas mãos. Como sempre, tinha razão.
Prih ainda não sabia por que nenhum homem jamais lhe inte­ressara. Agora estava claro. Nick sempre fora o homem por quem ela ansiava. Mas por que, se ela nunca seria a única mulher para ele?
Saiu do quarto, fechando cuidadosamente a porta, e se se encostou à entrada da varanda, um pouco perdida. Os ruídos da festa chega­vam a seus ouvidos, mas não tinha mais a menor vontade de voltar para lá.
Foi então que ela os viu. Estavam em pé no fundo da varanda escura, o mais longe possível da festa. Pareciam abraçados. Nick estava de costas para Prih, mas ela podia ver os cabelos loiros de Suzanne ao longo de uma silhueta.
"Ele deve ter-lhe contado", pensou, "e eis a sua resposta".
Para o próprio Nick, a separação não devia ser importante: Su­zanne era apenas um passatempo. E Prih imaginou quantas Suzanne ainda veria e quantas vezes fingiria que nada tinha acontecido. Sim, iria calar-se sempre. Ela teria o nome Carter e a empresa. Nada mais. Afinal, fora esse o trato, não?
Silenciosamente, pegou seu casaco, atravessou a cozinha e saiu pela porta dos fundos. Faltava ainda uma hora para o Ano-novo e, com um pouco de sorte, ninguém notaria sua ausência.
A casa estava quieta e escura. Lúcifer veio encontrá-la assim que ela abriu a porta e ronronou entre suas pernas. Prih o reco­lheu para levá-lo a seu quarto, feliz por seu pai e Margaret terem decidido ir dormir mais cedo. Não poderia encará-los naquele momento.
O quarto estava quente e silencioso, exceto pelo miado de Lúcifer, que brincava. Prih encostou-se à porta e recordou a noite em que Nick estivera ali, a maneira como ele a beijara e a desilusão que vira em seus olhos quando ele partira. Como pôde ser tão cega? Como não percebeu que o amava tanto? Por que não foi sempre sincera consigo mesma e com Nick?
Agora, ele jamais acreditaria na sua sinceridade. Procuraria sem­pre por outras mulheres e ela se calaria, porque o amava. Suzanne já era passado, mas certamente viriam outras. Nenhuma o prenderia de verdade. A única coisa que ele amava, desejava, queria, era a empresa.
Pensou em fugir. Precisava ir para algum lugar onde nunca mais soubesse dele, nem das outras mulheres que passariam por sua vida. Porque ela nunca seria nada para ele, se não fosse à filha de Richard Stanford.
Freneticamente, Prih colocou sua mala na cadeira e começou a esvaziar os armários. Chorava como criança e não conseguia se livrar da imagem que vira na varanda. "Não era um beijo comum", pensava. "Era um beijo desesperado. Como se o mundo dele fosse acabar."
Poucas horas antes Prih havia sonhado em viver com ele, em amá-lo apesar do pouco-caso dele. Agora só queria amaldiçoá-lo por ter zombado dela.
— Aquele parasita desprezível, sujeito sem caráter. . . — Sua voz morreu na garganta, as mãos tremeram descontroladas, ao vol­tar-se e dar com Nick, encostado à porta, olhando-a calmamente.
— Continue Prih. Tenho certeza de que há muitos outros nomes dos quais você gostaria de me xingar.
— Vá embora daqui!...
Ele a ignorou.
— Onde você está indo?
— Para casa.
— Não foi isso que combinamos hoje. Você me disse que ia ficar e que aqui seria o seu lar.
— Mudei de idéia.
— Então se prepare para mudar novamente! — ameaçou ele, e foi se aproximando dela.
— Não, Nick! — implorou Prih. Sabia muito bem o que ele estava pretendendo. — Eu queria a companhia e pensei que poderia suportar o asco que sinto quando você me toca. Mas não posso. . .
Ele sorriu, e, segurando-a pela nuca, obrigou-a a encará-lo.
— Então, por que essas lágrimas? Você por acaso estava cortan­do cebolas?
— Não, não estava. É que me lembrei do quanto você é repug­nante. E tive pena de mim mesma.
Nick fez um movimento para prendê-la nos braços, mas Prih esquivou-se, rápida, e correu em direção à janela. Na fuga, tropeçou em uma cadeira e caiu sobre ela. Ele então a alcançou e bloqueou-lhe a saída.
— Prove agora o que disse. — Abraçou-a com força. — Ontem à noite, na cabana, você não parecia sentir qualquer repulsa por mim. Antes, pelo contrário, agiu como uma gatinha desesperada por amor. . . — E continuou provocando-a. — Bem, acho que deveria mesmo ter feito amor com você aquela noite na casa de Alison, quando você implorou que eu fizesse!
— Nunca implorei nada.
— Você não usou palavras, minha querida. Mas foi o que fez.
Com um movimento rápido, colocou-a sobre a cama e jogou-se sobre ela. Suas mãos a seguravam com força, enquanto sua boca procurava a dela. Prih olhou-o nos olhos.
Um último beijo” pensou. Teria mais um para recordar. Mas a razão voltou, e ela percebeu que, se houvesse outro beijo, haveria também mais sofrimento. Talvez, se ele a beijasse, ela acabaria fi­cando. Não. Era melhor sofrer do que tê-lo como marido e saber que outras mulheres o tinham como homem.
— Não adianta Nick. Não há nada que possa me fazer casar com você. — Sua voz era mortalmente calma, embora por dentro ela estivesse explodindo em desespero.
Ele se afastou cabisbaixo, aparentemente derrotado. Deixou-a e atravessou devagar o quarto, indo encostar-se à janela.
— Por que, Prih? É porque não sou suficientemente bom para uma Stanford?
Por trás da ironia, ela sentiu a tristeza e o desapontamento. Cinco anos de luta contra um odioso preconceito haviam se passado. Não quis feri-lo mais.
— Não. Nick. Não é por isso. Cresci muito desde que lhe falei assim...
— Então, por quê?
— Não tem importância, Nick. Por favor, esqueça esse assunto. Você pode ficar com minha parte na companhia. Não sei mesmo o que fazer com ela...
— Está bem. Fico com ela. Por cinqüenta mil dólares. Certo?
 Prih decepcionou-se mais uma vez. Tinha imaginado que naque­las circunstâncias esse assunto não lhe interessaria.
— A companhia é tudo o que você almeja na vida, não. Nick?
— Não. Mas eu também a quero. Porém desejo, mais que tudo, é saber por que você mudou de idéia.
Prih sentou-se encostada à cabeceira da cama e segurou as mãos uma na outra para que Nick não percebesse o quanto tremiam.
— Por favor, Nick, poupe-me dos detalhes. . .
— Não posso Moreninha. Faço questão de saber tudo. E vou conse­guir fazer com que você diga de uma forma ou de outra.
Olhando-o, Prih não teve dúvidas de que Nick realmente falava sério. O rosto dele estava contraído e os olhos, cravados nela, bri­lhavam enraivecidos.
— Por que você insiste? Já não tem tudo o que queria?
— Quem foi que lhe disse o que eu quero? Ou o que não quero — Ele avançou mais um pouco. ! O autocontrole de Prih estava no fim. Estava quase entregando os pontos.
"E que diferença vai fazer se ele souber de tudo?", perguntou-se. Apenas Nick teria a satisfação de mais uma vitória. E daí? Isso não a incomodaria, pois no dia seguinte já estaria bem longe, para nunca mais revê-lo.
— Você conseguiu sua vingança. Nick. — E se esforçava por conter as lágrimas. — Você conseguiu me reduzir a pouco mais que nada. Portanto, pode comemorar a sua vitória.
Nick ficou paralisado, olhando-a sem entender aonde ela queria chegar.
— Eu o vi com Suzanne. E era isso mesmo que você queria, não? Depois disso, descobri que não poderia me casar com você. Não suportaria vê-lo com outras mulheres. Isso acabaria por me enlou­quecer.
— Repita o que você disse Prih. Preciso ouvir isso de novo. . .— implorou ele.
— Meu Deus, que preço alto estou tendo de pagar pela minha insensatez. Nick! Eu te amo! Era isso que você queria arrancar de mim? Pois então, aí está. E agora pode colocar em exibição o troféu do meu amor. . .
— E vou colocar mesmo. . .
Os dois se olhavam sem nada dizer. Por fim. Nick rompeu o silêncio.
— É demais para meu coração, Prih! Esperei por cinco anos que você dissesse isso! Mas já tinha perdido qualquer esperança. Fiz tudo para esquecê-la, juro! Cheguei até a pensar que tinha con­seguido. Mas, então, você voltou e. . . Tudo ficou muito mais difícil.
Prih estava estarrecida. Não ousava acreditar.
— Mas você queria que eu fosse embora. . .
— É claro que eu dizia que a queria longe daqui, embora sabendo que sua teimosia a faria ficar. Depois de te outra vez por perto, ficava cada vez mais insuportável a perspectiva de perdê-la nova­mente.
— E eu achava que você queria me ver pelas costas porque temia que eu lhe tirasse a administração da companhia.
— Não, não era por isso. Há cinco anos, antes de você partir, eu já tinha falado com seu pai que queria me casar com você.
— Mas, se não era a empresa que você queria, por que insistia em comprar a minha parte?
 Justamente para provar que a empresa não tem a menor im­portância. Você ficaria sem nada, Prih, e eu ainda iria querer me casar com você.
— Por que, Nick?
O sorriso dele era triste ao responder:
— Um psicanalista talvez dissesse que é porque eu gosto de con­viver com problemas, Moreninha. . .
— E quanto ao dinheiro para pagar a minha parte na empresa? Você realmente o tem?
— Claro Prih! Não estou blefando com você.
— E como o conseguiu? Seus rendimentos como administrador da companhia não são suficientes para isso, assim como para comprar a cabana e a casa.
— Realmente não são, Prih. Seu pai me paga muito bem, é verdade, mas não subi na vida graças a ele ou à companhia.
— Como foi então?
— Qualquer mulher normal teria estranhado minhas ausências da cidade, todos os dias. Mas você, não, Prih. Nem por um momento imaginou que a cabana tivesse outra utilidade que não o lazer.
— Não estou compreendendo, Nick.
— Lembra-se do perfume de mamãe? Aquele de que você gostou tanto? Bem, ele está sendo testado por uma indústria de renome, que certamente vai fabricá-lo. . .
— E o que isso tem a ver com você?
— Aquele perfume é feito de essências naturais que eu colho no bosque da cabana e processo no meu laboratório.
Sem dizer qualquer palavra, Prih levantou-se e encostou a testa no vidro da janela. A neve lá fora parecia clarear-lhe também as idéias. Lembrou-se então de que muita gente quis lhe falar sobre as atividades de Nick no laboratório. Mas ela nunca quisera ouvir.
— Nick, não quero mais vender minha parte na empresa. . .
— Por quê? Eu iria devolvê-la a você como presente de casamento!
— Nick... — ela voltou-se para olhá-lo de frente —, posso confiar em você?
— Que provas você quer? Meu talão de cheques? Está aqui. Veja. Se quiser os extratos de minha conta bancária dos últimos anos podemos ir buscá-los no escritório. Estão lá. Oh, Prih que mais posso lhe oferecer?
Prih balançava negativamente a cabeça e sorria.
— Não, Nick, isso não importa. . . — Ela não conseguia pro­nunciar mais qualquer palavra. Sentia-se uma tola. As lágrimas rola­vam por seu rosto. Como poderia lhe dizer que o que ela queria era apenas o amor dele? Mas ele não dissera uma única vez que a amava.
Nick aproximou-se mais, pegou-a pelas mãos e a fez sentar-se na cadeira, ajoelhando-se à sua frente.
— Prih, você se lembra de quando tinha quinze anos e seu primeiro namorado a deixou por outra?
— Sim. Pensei que ia morrer. Por quê?
— Você chorou muito em meus braços. Eu estive a ponto de matá-lo. Depois descobri por quê. Ele tinha magoado a garota que eu amava. . .
— É verdade?
— Que eu te amo? Meu Deus! É claro que sim! Mas você era muito jovem e não havia nada que eu pudesse fazer contra isso. Nem poderia falar com seu pai. Ele me mataria.
— Mas você disse que lhe falou. . .
— Sim. Mas muito mais tarde. Naquele dia, quando você tinha dezessete anos e eu estava por voltar à escola. Eu contei a ele o que tinha acontecido e pedi para me casar com você.
— E ele, o que disse?
— Disse que eu estava ficando louco. Que deveria dar a você uma oportunidade para amadurecer. — Nick riu com amargura. — Você não pode saber como foi difícil imaginá-la namorando ou­tros rapazes em Twin Rivers. Depois, quando voltei, você já tinha partido.
Prih sentou-se no chão ao lado de Nick e encostou a cabeça em seu ombro. Sentiu que era aquilo que sempre tinha desejado fazer.
— Eu estava magoada com você, e não sabia o que ia acontecer quando o visse novamente. A briga com meu pai acabou servindo de pretexto para eu fugir de tudo.
— Na verdade, não acreditei no motivo de sua partida. Mas não queria pensar que pudesse ser tão importante para você e depois correr o risco de estar enganado. — Levantou-a, abraçando-a com muita força. — Oh, Prih. Como estes últimos anos têm sido difíceis!
— Mas não foi nada fácil ver você com Suzanne, também.
— Com ciúme? Prih, não acredito. . .
— Você a estava beijando esta noite. . .
— Não, querida. Ela é que estava me beijando. E eu estava me sentindo envergonhado por usá-la para fazer raiva a você.
 Ignorando o ciúme de Prih, Nick deslizou suas mãos por baixo de sua blusa. Prih gemeu ao toque de seus dedos com seu mamilo. Magicamente Nick abriu os botões de sua blusa e agora sua boca estava em seus seios, sugando-os, apertando-os entre seus dentes e Prih delirando de prazer.  Seus dedos estavam enrolados em seus cabelos, Prih estava se segurando para não gritar.  A mão direita de Nick desceu até o meio das pernas de Prih, tocando-a no ponto mais sensível, onde ela mais precisava dele naquele momento.
Esta gostando, Moreninha?
Enquanto Nick falava sua mão retirava a saia de Prih com rapidez.
Esta pronta pra mim, querida? Eu te deixei exitada?
 Os dedos de Nick entraram pela calcinha de Prih e tocaram Seu clitóris. Tudo que Prih conseguia fazer era gemer e balançar a cabeça positivamente para as perguntas dele. Prih não negava mais nada a Nick.
Você sabe que fiquei excitado desde o momento em que te vi no parque, não sabe?
 Nesse momento Prih Pode sentir seu membro crescendo contra sua coxa e pode formar palavras pela primeira vez.
Você sabe que é gostoso, não sabe? Como alguém pode não desejar você?
Nick deu um daqueles sorrisos de lado, tão típico dele. Sem pensar duas vezes Prih começou a despi-lo, enquanto ele livrava suas pernas de sua calcinha. Abilidosamente, Nick tirou sua bermuda, expondo seu membro para o deleite de Prih.
  Coloca pra mim, Moreninha Disse dando um envelope de camisinha na mão de Prih e se ajoelhou em sua frente.
Prih Abriu o envelope e a vestiu nele com a boca.
Yeahh Morena, você é boa nisso...
  obrigada, agora quero ver o que seu amigo pode fazer por mim...
 Prih se ajeitou na cama abrindo mais as pernas para Nick.
Você não tem nem idéia ele a responde.
Com isso Nick desceu até Prih e a penetrou, quando viu que Prih iria gemer alto, encostou sua mão em sua boca abafando-a.
Shhhh querida. Não queremos que ninguém acorde agora, não é?
 Prih concordou com a cabeça e ele começou a se movimentar dentro dela. Nick era incrível, ele sabia onde tocá-la, como fazê-la ficar louca de desejo. Prih Sentia seu orgasmo se aproximar.
Vamos lá, Morena! Quero ver você gozar comigo... Você é tão maravilhosa, tão quente... Ohh.
 Ele sussurrava ao seu ouvido. Definitivamente, Nick era bom em falar sujeira na hora do sexo. Enquanto ele se movimentava cada vez mais rápido. Prih colocou suas pernas em volta se sua cintura abrindo caminho para que ele a penetrasse mais fundo. Prih abraçou Nick, enterrou seu rosto entre seu ombro e o pescoço para abafar o gemido e um glorioso orgasmo a atingiu, Seu corpo ainda estava trêmulo quando Nick gozou, poucos segundos depois, seu grito foi abafado pela boca de Prih enquanto se beijavam. Nick descansou a cabeça em seu peito enquanto tentavam recuperar o fôlego.

Nick passou delicadamente os dedos em seu rosto, secando com as mãos as últimas lágrimas.
— O que você acha de um bolo de casamento de dez andares e uma fonte de champanhe?
Ela sorriu docemente.
— Eu casaria com você no meio do bosque, se você quisesse, sem nenhum bolo e nenhuma festa.
— Nada disso. Será o maior casamento da cidade. Para ninguém esquecer. . . — Depois Nick ficou sério. — E quando você desco­briu isso? Que me ama?
— Na noite passada. Fui esperta como uma tartaruga, não?
— Sonhadora. E quando casamos? — perguntou ele. Mas, antes que ela tivesse tempo de responder, Nick a beijava novamente.
— Junho é um mês bonito — murmurou Prih.
— Mas ainda estamos em janeiro!
— Preciso de algum tempo para preparar o enxoval, Nick. Que tal maio?
— Não. Na primeira semana de fevereiro. Já esperei cinco anos, Prih. Não me faça sofrer mais, meu amor!
— Combinado! — respondeu Prih, com os olhos brilhando de felicidade.
Lá embaixo, na sala de estar, o velho relógio de parede bateu meia-noite. Mas nenhum dos dois prestava atenção à chegada do Ano-novo.


***Fim***

0 comentários: